Prometi e cá está, a segunda parte das explicações do livro.
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4. Porque é que os homens insistem em deixar a tampa da sanita para cima?
Até ao fim do séc. XIX, as latrinas eram pequenas caixas situadas nas traseiras das casas. Sempre que uma mulher ía usar a casa de banho, levava outras mulheres com ela, por uma questão de segurança. Os homens, pelo contrário, deviam ir sózinhos e defender-se a si próprios se necessário. Os homens nunca urinavam na latrina - faziam-no num arbusto, ou contra alguma coisa, um hábito que os homens modernos herdaram dos seus antepassados. É por esta razão que raramente se vê um homem a urinar em campo aberto, mas sempre contra alguma coisa, como uma parede ou uma árvore, e, tal como acontece com os animais, está presente um elemento intrínseco de marcação do seu próprio território. Quando a sanita com autoclismo foi inventada no fim do séc. XIX, a humilde retrete deslocou-se para o seu próprio quarto no interior das casas e estabelecimentos públicos. Porém, a prática de ir à casa de banho em grupos persiste nas mulheres. Nunca se ouvirá um homem dizer:
«Ei, Frederico, vou à casa de banho... Também queres vir?»
Hoje em dia, as casas de banho públicas têm instalações separadas por sexos, com sanitas para as mulheres e urinóis montados na parede para os homens. As mulheres sentam-se sempre, mas os homens apenas se sentam 10 a 20% das vezes. Os lares modernos são supostamente concebidos e construídos para acomodar da mesma forma homens e mulheres, mas os homens encontram-se em desvantagem pelo facto de as casas de banho domésticas acomodarem apenas as necessidades das mulheres. Em casa, um homem levanta a tampa de modo a não a molhar, em atenção a uma mulher que se venha a sentar nela. Mas quando ele se esquece de a pôr para baixo a seguir é fortemente criticado. Muitos homens melindram-se bastante com isto. Porque é que as mulheres não hão-de também levantar a tampa para os homens?
5. Porque é que os homens armam tanta confusão com as idas às compras?
A melhor coisa de se ser homem é que se pode comprar dois fatos, três camisas, um cinto, três gravatas e dois pares de sapatos em menos de oito minutos. E isto representa roupa suficiente para durar a um homem até nove anos. (...)
A maioria dos homens classifica as idas às compras a par da experiência de serem examinados à próstata por um médico com mãos frias. (...)
A experiência anterior dos homens como caçadores deu-lhes uma espécie de visão em túnel, a qual lhes permite movimentarem-se directamente do ponto A ao ponto B em linha recta. A quantidade de ziguezagues através das lojas, necessária para uma expedição de compras bem-sucedida, fá-los sentir extremamente pouco à-vontade, uma vez que uma mudança de direcção requer uma decisão mais consciente. As mulheres, com a sua visão periférica mais alargada, porém, navegam no interior de um centro comercial repleto de gente e ziguezagueiam com à-vontade.
Os homens evoluíram no sentido de se transformarem em criaturas que matavam rapidamente uma presa e regressavam então a casa. Hoje em dia, é exactamente desta forma que os homens gostam de fazer compras. As mulheres, por outro lado, fazem compras do mesmo modo que as suas ancestrais recolhiam: saíam de casa durante o dia inteiro com um grupo de outras mulheres, para um local onde alguém se lembrava de ter visto a crescer coisas saborosas. Não tem de haver um objectivo específico ou uma directiva, e os limites temporais não são importantes. Elas passam o dia a vaguear de sítio para sítio, de uma forma não estruturada, apertando, cheirando, sentindo e saboreando todas as coisas interessantes que consigam encontrar, enquanto simultaneamente falam umas com as outras, sobre uma série de temas não relacionados. Se nada estiver disponível ou pronto a ser apanhado, e elas regressarem a casa ao fim do dia com pouco a mostrar como prova dos seus esforços, continuam a sentir-se excitadas por terem tido um grande dia. Para os homens, trata-se de um conceito inaceitável. Para um homem, sair durante o dia com um grupo de outros homens, sem destino claro, sem objectivos claros, sem limites temporais estabelecidos, e voltar para casa de mãos vazias, classificá-lo-ía como um falhado.
6. Porque é que os homens têm hábitos pessoais tão nojentos?
Todas as mulheres se queixam de que os homens têm hábitos pessoais de longe mais inaceitáveis do que os delas, mas a investigação não sustenta esta ideia. Os homens aceitam melhor aquilo que consideram ser maus hábitos femininos, e prestam menos atenção ao pormenor do que as mulheres. É por isso menos provável que cheguem sequer a reparar na indiscrição de uma mulher importuna.
É bom ser homem, porque não temos de sair da sala para ajeitar as nossas partes íntimas.
No topo da lista dos hábitos masculinos, que as mulheres não toleram, estão tirar macacos do nariz, dar arrotos, emitir odor corporal, vestir roupa interior antiga e coçar as virilhas. Mas o número um da lista delas é a flatulência.
Flatulência: subst. fem.: um subproduto embaraçoso da digestão. Subst. masc.: uma fonte inesgotável de entretenimento, auto-expressão e cumplicidade masculina.
A flatulência é universalmente inaceitável pelas mulheres, ainda que constitua sinal de um corpo e dieta saudáveis. Para os homens, o prazer proporcionado pela flatulência, enquanto passatempo, começa cerca dos 10 anos, quando o nível de realização de um rapaz está relacionado com a capacidade de largar uma gama de flatos, sob uma variedade de circunstâncias tais como imitar vozes, ou usar um isqueiro para provocar o aparecimento de uma chama azul através da sala.
Porque é que os homens se aliviam mais do que as mulheres?Porque as mulheres não param de falar tempo suficiente para acumular pressão.
7. Porque é que os homens adoram anedotas porcas?
O principal objectivo do humor, para os homens, tem três componentes: em primeiro lugar, adquirir estatuto junto dos outros homens, ao apresentar um bom repertório; em segundo lugar, permitir-lhe lidar com eventos ou consequências trágicos; e em terceiro, reconhecer a verdade relativamente a um assunto corrente. É por esta razão que quase todas as piadas têm uma punchline, que é habitualmente um desenlace desastroso.
Os homens adoram humor ou qualquer anedota que apresente uma abordagem lógica, passo-a-passo, com uma conclusão difícil de prever. Eis algumas anedotas relativamente suaves, que estimulam os cérebros masculinos:
1. Qual a diferença entre uma cabra e uma vaca?
É que uma cabra dorme com todos - mas uma vaca dorme com todos, menos connosco.
2. Qual a diferença entre uma mulher com o síndroma pré-menstrual e um terrorista?
É que com o terrorista pode-se negociar.
3. Porque é que os homens põem nomes aos respectivos pénis?
Porque não gostam que seja um desconhecido a tomar as suas principais decisões.
Uma diferença importante entre os sexos é a obsessão masculina por contar anedotas sobre tragédias, acontecimentos horríveis e sobre os genitais masculinos. Os orgãos sexuais femininos podem executar feitos extraordinários de reprodução humana, estão seguramente escondidos e, se desenrolados, estender-se-íam ao longo de quatro quilómetros. Mas as mulheres nunca fazem piadas com eles, nunca lhes põem nomes, nem os tratam como uma fonte de gargalhadas.
Os orgãos sexuais masculinos estão pendurados à frente, numa posição vulnerável e precária (mais uma prova de que Deus é feminino) e são uma fonte constante de divertimento e hilaridade masculinos. O humor feminino envolve pessoas, relacionamentos e homens. Por exemplo:
1. O que é que podemos dizer a um homem que acabou de ter sexo?
Pode-se dizer o que se quiser - ele está a dormir.
2. Qual é a definição de um amante perfeito?
É aquele que faz amor até às duas da manhã e a seguir transforma-se em chocolate.
3. Porque é que os homens não simulam o orgasmo?
Porque nenhum homem era capaz de fazer aquela figura de parvo de propósito.
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in, "Porque é que os homens mentem e as mulheres choram", Allan e Barbara Pease
I'll be back!
3 comentários:
4. O facto dos homens mijarem encostados a alguma coisa (árvore, arbusto, parede) e não num campo aberto deve-se, tão somente ao facto de, ao mijar num campo aberto, isso fazer senti-lo exposto. Como tal, encosta-se a alguma coisa, para se esconder e, assim, ter alguma privacidade. A questão da tampa da sanita é muito pertinente. Se o homem tem tanto o dever de baixar a tampa da sanita, a mulher também tem tanto o dever de a levantar. Penso que, por isso, os homens não deviam ser criticados por deixarem a tampa levantada. Custa tanto ao homem levantar a tampa como custa à mulher baixá-la. Penso que aqui há um empate.
5. No que diz respeito às compras é um facto que os homens, na generalidade, são mais objectivos. Eu, como homem que sou (embora pare para perguntar o caminho quando estou perdido), detesto ir às compras, especialmente quando se trata de comprar roupa. Não que não seja agradável andar ali a ver as coisas, mas a verdade é que, rapidamente, se torna uma seca de todo o tamanho. Não há dúvida que a justificação dada de que tal comportamento se deve ao estilo de vida dos nossos ancestrais é muito bem conseguida. É uma analogia muito boa.
6. Gostei de ler a explicação. Tem tudo a ver com a indiscrição. O facto dos homens terem este tipo de comportamentos, leva-me a crer que os homens são mais genuinos. Sim, porque toda a gente sabe que as mulheres também arrotam e também se peidam... :)
7. Hum, pois sim, está bem... =D
:D
Já me fartei de rir!!!!!
O meu homi, diz que para se saber qual o lado de trás de uma árvore tem que mijar primeiro nela!
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